A FutureHouse, uma organização sem fins lucrativos apoiada pelo ex-CEO do Google, Eric Schmidt, anunciou o lançamento de quatro agentes de inteligência artificial (IA) “superinteligentes” voltados para a descoberta científica, marcando um avanço significativo no uso de IA para acelerar pesquisas.
Os agentes — Crow, Falcon, Owl e Phoenix — foram projetados para atender a necessidades específicas de cientistas, desde pesquisas gerais até análises químicas complexas. A iniciativa promete transformar a forma como a ciência é conduzida, reduzindo semanas de trabalho em minutos e permitindo que pesquisadores identifiquem lacunas e avancem em suas descobertas de maneira mais eficiente.
Os quatro agentes de IA da FutureHouse
Os quatro agentes têm funções distintas e complementares: Crow é especializado em pesquisas concisas e gerais, Falcon realiza revisões profundas de literatura, Owl (anteriormente chamado HasAnyone) identifica pesquisas anteriores respondendo à pergunta “Alguém já fez isso antes?”, e Phoenix, ainda em fase experimental, foca em síntese molecular e planejamento de experimentos químicos, utilizando a tecnologia ChemCrow.
De acordo com o site da FutureHouse, os agentes Crow, Falcon e Owl foram rigorosamente avaliados em benchmarks e superam os principais modelos de busca de ponta em precisão e recuperação de informações.
Phoenix, embora menos testado, oferece suporte para explorar o espaço químico, ajudando a determinar a novidade de compostos, prever resultados de reações e até estimar custos, o que o torna uma ferramenta promissora para químicos e pesquisadores.
Futuro da descoberta científica
A plataforma da FutureHouse foi projetada para enfrentar desafios que exigem análise detalhada de literatura ou ferramentas especializadas, como a identificação de mecanismos inexplorados em doenças. Um exemplo prático é o uso combinado dos agentes para acelerar pesquisas: Falcon fornece conhecimento de fundo, Crow identifica associações genéticas-chave, e Owl aponta lacunas na literatura, tudo isso em minutos.
Apesar de seu potencial, a FutureHouse alerta que o Phoenix ainda está em fase experimental e pode apresentar erros, mas a organização está comprometida com a iteração rápida para aprimorar suas capacidades. Com essa iniciativa, a FutureHouse, que começou a ser planejada em 2023, conforme reportado pela Bloomberg, reforça seu objetivo de reformular o processo de pesquisa científica, oferecendo ferramentas que podem transformar a ciência moderna.