Impactos IA na Indústria da Moda

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Por Juan

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By Dr. Juan Pablo D. Boeira (PhD)

OS BENS E SERVIÇOS AO LONGO DO TEMPO TENDEM A VALOR ZERO PELA ACELERAÇÃO TECNOLÓGICA E POR CONSEQUÊNCIA GERANDO A REDUÇÃO SUBSTANCIAL DOS CUSTOS.

Exemplo: Quanto custava para escutar música há 250 anos? Era algo extremamente caro, complexo e restrito (somente para a nobreza). Era necessário uma orquestra inteira e uma grande estrutura de pessoas. Já hoje, é só abrir o Spotify e escutar de graça e quando / onde quisermos.

Na prática, isso significa que as pessoas ao longo do tempo foram e cada vez mais serão substituídas por maquinização e Inteligência Artificial.

Diante deste cenário, temos que parar de fazer juízo de valor sobre o futuro, pois “o futuro é o que é”. Julgar o tempo de acordo com o nosso gabarito individual é uma pretensão, pois cria um véu equivocado do futuro.

OK, mas onde entra a INDÚSTRIA DA MODA nisso?

Embora as mudanças sempre tenham sido uma constante na história da humanidade, em função das novas dinâmicas do mundo moderno e da aceleração tecnológica, daqui para frente, elas acontecerão em ciclos cada vez mais curtos e mais rápidos.

Isso significa que com a aceleração tecnológica que será turbinada pela Inteligência Artificial e pela Computação Quântica, a indústria da moda tende a ser fortemente impactada rapidamente.

Na prática, estou me referindo a REDUÇÃO DE CUSTO E ACESSIBILIDADE.

Exemplos:

  • Meias de Nylon: Em 1938 custavam o equivalente a $40, mas hojeo equivalente a $5.
  • Roupas de Algodão: No século XIX, uma camisa de algodão podia custar o equivalente a uma semana de trabalho. Hoje são extremamente acessíveis.
  • Tecidos Sintéticos: O poliéster em 1950 era considerado um material premium. Hoje com os avanços na indústria, a produção de tecidos sintéticos é bem mais barata.
  • Tingimento de Tecidos: No passado, a cor púrpura era cara e reservada à realeza devido à dificuldade de obtenção dos corantes naturais. Hoje são acessíveis para todas as classes sociais.
  • Rendas e Bordados: No século XIX, rendas e bordados eram feitos manualmente e eram itens de luxo. Hoje são elementos decorativos comuns em0 peças de fast fashion.
  • Sapatos: A produção era artesanal, cara e lenta. Hoje é rápida e acessível.

No caso da industria dos sapatos especificamente, a produção de calçados tem evoluído com a incorporação de maquinários modernos. No entanto, ainda é uma indústria muito dependente de mão de obra humana. Por sua vez, um dos grandes desafios atuais, é a falta de interesse das novas gerações em ocupar funções como costureiras e montadores de calçados, o que tem gerado uma escassez significativa de profissionais.

De acordo com Sarah Scheffel, uma das Designers e Consultora de Moda / Produto mais respeitada do Brasil, seria oportuno não só as empresas de calçado, como todas as indústrias da moda, começarem a refletir como a automação e a robótica podem emergir como soluções potenciais para enfrentar todos os desafios que a Indústria da Moda tem pela frente. Apesar de muitos avanços tecnológicos, a dependência de mão de obra ainda é um ponto crítico que limita a competitividade do setor. A adoção de soluções robóticas poderia não apenas suprir a falta de profissionais, mas também modernizar e atrair novos talentos para a indústria.

Por outro lado, vemos poucas indústrias da moda de fato pensando em uma solução, com exceção da Lunelli de Santa Catarina que é única indústria de moda no Brasil focada em projetos de hiper-automação e hiper-personalização com Inteligência Artificial para melhorar a eficiência operacional. Pois parece que toda as demais empresas do país estão esperando a China que tem mais foco em inovação e tecnologia dominar o mercado. No caso do calçado, por exemplo, conta com uma “proteção” do governo Brasileiro em relação a produtos que vem da China. Se uma parte do calçado não for montado no Brasil, sua comercialização acaba sendo inviabilizada pelos impostos inclusos. Mas e os demais campos da moda!?

Partindo destas prerrogativas iniciais, projetei 10 cenários futuros possíveis para 10 anos na indústria da moda, em especial nos contextos de “Cadeia de Fornecimento”, “Produto”, “Tendências” e “venda”, utilizando como premissa os impactos da Inteligência Artificial:

SÓ QUE NA REALIDADE, NÃO SERÁ EM 10 ANOS!

No máximo em 3 anos tudo isso já será commodity. Mas só para quem já acordou! Pois o que era esperado para 100 anos, vai acontecer em 10. E o que era esperado para 10 anos, acontecerá ano que vem por meio da Inteligência Artificial. Enquanto isso, a maioria das empresas na indústria da moda estão como se estivessem em um prédio “pegando fogo”, e em vez de buscar uma solução para apagar o incêndio, estão mais preocupadas em “arrumar os quadros que estão na parede”. Por fim, precisamos ter a consciência de que nós humanos já cometemos pelo menos 3 erros com a Inteligência Artificial e que por consequência, impactarão em todas as indústrias.

01 – Nós conectamos a IA na Internet e com isso, ela passou a estudar os humanos. O problema é que a grande maioria do que tem na Internet é porcaria e um(a) xingando o(a) outro(a). Portanto, qual o perfil que a IA está modelando do ser humano? Um “bixo” perigoso e violento. Vamos tentar então ser um pouco mais educados(as) na Internet para a IA não achar que somos tão monstros assim!        

02 – Ensinamos a IA a escrever códigos de programação. Quando ensinamos a IA a criar códigos, surge o que chamamos de “Propriedades Emergentes”. Ou seja, a IA pode começar a fazer coisas que não a instruímos a fazer.

03 – Colocamos agentes de programação para trabalhar em conjunto com a IA para auxiliar no desenvolvimento da própria IA. Quando ela comete um erro, vamos até ela e corrigimos. É isso que nós, humanos, fazemos… ou seja, conseguimos fazer uma média de 200 melhorias por dia. Já uma IA trabalhando com outra IA ajudando-a a se desenvolver, é capaz de fazer cerca de 2 milhões de melhorias por hora.

            Isso tudo significa que se colocamos uma IA do zero para ser treinada quando vamos dormir, ao acordarmos, ela já está falando, andando e sabe-se lá o que mais… Ou seja, os sistemas de IA estão sendo treinados 24 horas por dia, mesmo quando os humanos estão dormindo. A implicação é que a IA está continuamente aprendendo e se aprimorando, excedendo em muito o ritmo em que os humanos podem fazer melhorias manualmente. O ponto-chave é que a IA está sendo desenvolvida e treinada agressivamente, com o potencial de superar as capacidades humanas. Como você acha que sua empresa será impactada?

Dr. Juan Pablo. D Boeira

VP de Inteligência Artificial da ABSTRATO Inovação & Tecnologia

Ph.D em Inovação e Inteligência Artificial

Personalidade do Ano no Brasil de Inteligência Artificial

1º Top Voice AI do Brasil no LinkedIn

4 x Profissional de Inovação do Ano

Formação na Harvard Business School – USA

Formação no Massachusetts Institute of Technology – USA

Autor de 4 Livros

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Por Juan

Graduado em Administração (PUC), Pós Graduado em Comunicação, Finanças, Branding e Marketing (ESPM). Doutor (Ph.D) e Mestre em Inovação e Inteligência Artificial (UNISINOS). Pós Doutorando em Projeção de Cenários Futuros e Inteligência Artificial (UNIOESTE). Certificação em Inovação (Harvard), Resolução de Problemas Complexos (MIT), Gestão de Projetos de IA (MIT), Engenharia de Prompt para AI (Open AI) e Inteligência Artificial (INSEAD). Professor de MBA há mais de 15 anos da ESPM, PUC, UNISINOS e Dom Cabral. Mais de 25 anos de experiência dirigindo empresas como Johnson&Johnson, Coca-Cola, Heineken, Red Bull, Lojas Renner e iPlace. Mais de 60 prêmios ao longo da carreira, entre eles Profissional de Marketing e Inovação do Ano em 2010, 2011, 2015 e 2018 e Personalidade do Ano de Inteligência Artificial do Brasil em 2024. Autor dos livros “Branding por Meio da Gestão pela Inovação”, “O Design na Era dos Algoritmos 3.0” e "Métodos, Processos e Práticas em Design Estratégico". Colunista Titular de Inovação e Tecnologia da Revista Época Negócios. Atualmente é VP de IA | CRO - Chief Revenue Officer da ABSTRATO e uma das maiores autoridades em Inovação e Transformação Digital do Brasil ministrando mais de 100 palestras por ano.

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Graduado em Administração (PUC), Pós Graduado em Comunicação, Finanças, Branding e Marketing (ESPM). Doutor (Ph.D) e Mestre em Inovação e Inteligência Artificial (UNISINOS). Pós Doutorando em Projeção de Cenários Futuros e Inteligência Artificial (UNIOESTE). Certificação em Inovação (Harvard), Resolução de Problemas Complexos (MIT), Gestão de Projetos de IA (MIT), Engenharia de Prompt para AI (Open AI) e Inteligência Artificial (INSEAD). Professor de MBA há mais de 15 anos da ESPM, PUC, UNISINOS e Dom Cabral. Mais de 25 anos de experiência dirigindo empresas como Johnson&Johnson, Coca-Cola, Heineken, Red Bull, Lojas Renner e iPlace. Mais de 60 prêmios ao longo da carreira, entre eles Profissional de Marketing e Inovação do Ano em 2010, 2011, 2015 e 2018 e Personalidade do Ano de Inteligência Artificial do Brasil em 2024. Autor dos livros “Branding por Meio da Gestão pela Inovação”, “O Design na Era dos Algoritmos 3.0” e "Métodos, Processos e Práticas em Design Estratégico". Colunista Titular de Inovação e Tecnologia da Revista Época Negócios. Atualmente é VP de IA | CRO - Chief Revenue Officer da ABSTRATO e uma das maiores autoridades em Inovação e Transformação Digital do Brasil ministrando mais de 100 palestras por ano.

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião da AINEWS ou de seus controladores.

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