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IA na Medicina: O Futuro Está Aqui, Mas Precisamos Saber Como Usá-lo

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No universo da saúde, a inteligência artificial (IA) desponta como uma ferramenta revolucionária. Mas um estudo recente publicado no JAMA Network Open trouxe um alerta: sem treinamento adequado, seu uso por médicos pode ser frustrante.

A pesquisa, que comparou a performance de 50 médicos resolvendo casos clínicos com e sem o auxílio do ChatGPT, revelou que o chatbot superou ambos os grupos em diagnósticos, alcançando 9,5 enquanto os médicos obtiveram médias de 7,6 e 7,4. Surpreendente? Sim. Mas há nuances importantes.

Tecnologia e Treinamento: O Par Perfeito

Os médicos tiveram acesso ao ChatGPT sem treinamento específico, o que limitou seu uso. Muitos tratavam a ferramenta como um “Google avançado”, realizando perguntas pontuais ao invés de fornecer o contexto completo dos casos clínicos. Em contraste, os autores do estudo, com experiência em formular prompts, exploraram melhor a IA, extraindo diagnósticos mais precisos.

A lição é clara: a eficiência da IA depende diretamente da qualidade das interações humanas com ela. Sem domínio dos “prompts” certos, os resultados ficam aquém do potencial.

Resistência Médica: Um Desafio Comportamental

Outro fator foi o viés cognitivo. Mesmo quando o ChatGPT apresentava diagnósticos melhores, os médicos muitas vezes hesitavam em alterar sua opinião inicial, confiando mais na experiência própria do que nos resultados do algoritmo. Esse comportamento, descrito no estudo, reflete uma barreira cultural que precisa ser abordada para integrar a IA de forma eficaz na prática médica.

O Futuro da IA na Medicina

O estudo reforça que a IA não substitui médicos, mas funciona como uma poderosa aliada. Para isso, é essencial investir em capacitação. Como destacou o Washington Post, “a IA é um extensor da prática médica”, mas precisa ser compreendida e usada com sabedoria.

Hospitais e instituições devem implementar currículos focados em IA, não apenas para ensinar os aspectos técnicos, mas também para moldar a mentalidade necessária para aproveitar ao máximo as inovações. Como afirmou o New York Times, o futuro da medicina será híbrido, combinando a intuição humana com a eficiência algorítmica.

Conclusão

A tecnologia já está disponível, mas seu impacto depende de nós. Médicos e profissionais da saúde devem abraçar a IA, não com desconfiança, mas com treinamento adequado e curiosidade científica. Somente assim a medicina continuará avançando, com a IA como uma aliada para salvar vidas e transformar o cuidado.


Este artigo é fundamentado nas fontes:
JAMA, https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2825395
Washington Post, https://www.washingtonpost.com/health/2024/11/19/chatgpt-health-doctor-diagnosis/
New York Times, https://www.nytimes.com/2024/11/17/health/chatgpt-ai-doctors-diagnosis.html
Folha de S.Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/suzanaherculanohouzel/2024/11/medicos-vs-chatgpt.shtml

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Por Hugo Amim

Hugo Amim é um visionário em Inteligência Artificial e inovação no setor de saúde, atuando como sócio fundador da 2A Consultoria Soluções na Saúde. Com vasta experiência em mentorar profissionais e empresas do setor, Hugo é autor do livro “Tecnologias que Constroem a Autoridade Digital do Médico 4.0”. Sua carreira é marcada por colaborações significativas em organizações como Tanger Consultoria, SulAmérica, Comitê Olímpico, Claro, e Banco HSBC, além de instituições de saúde renomadas, incluindo o Complexo Hospitalar de Niterói, Hospital São Lucas, Rede Impar de Hospitais e DASA.

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Hugo Amim é um visionário em Inteligência Artificial e inovação no setor de saúde, atuando como sócio fundador da 2A Consultoria Soluções na Saúde. Com vasta experiência em mentorar profissionais e empresas do setor, Hugo é autor do livro “Tecnologias que Constroem a Autoridade Digital do Médico 4.0”. Sua carreira é marcada por colaborações significativas em organizações como Tanger Consultoria, SulAmérica, Comitê Olímpico, Claro, e Banco HSBC, além de instituições de saúde renomadas, incluindo o Complexo Hospitalar de Niterói, Hospital São Lucas, Rede Impar de Hospitais e DASA.

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião da AINEWS ou de seus controladores.

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